e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem. ( Lira do amor romântico)
Hoje é o aniversário de Carlos Drummond de Andrade, poeta, cronista e tradutor de Minas Gerais, do Brasil. Gosto da poesia dele , que fala de um cotidiano amoroso e bem real. Considerado um dos maiores poetas brasileiros, mostra em suas obras uma face madura e atenta às fragilidades e angústias humanas.
Neste ano, é o homenageado pelo Projeto Memória da Fundação Banco do Brasil. O Projeto Memória é uma tecnologia social de educação que pretende difundir a obra de personalidades que contribuíram significativamente para a transformação social, a formação da identidade cultural brasileira e o desenvolvimento do país. O objetivo da tecnologia social em educação é alcançar professores, alunos da rede pública de ensino, historiadores e formadores de opinião.
Uma coisa boa para mim: estou acompanhando o Projeto Memória aqui no meu estado. e estou cada vez encantada com meu poeta do cotidiano. E vou ficar mais feliz ainda em saber que um monte de crianças vai começar a conhecê-lo. Parabéns Drummond , a FBB e a Petrobras pela linda iniciativa.
Um pouco dele:
O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
( O mundo é grande).
Fazer 70 anos é fazer catálogo de esquecimentos e ruínas.
Viajar entre o já-foi e o não-será.
É, sobretudo, fazer 70 anos,
alegria pojada de tristeza. ( Fazer 70 anos)
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre. ( Receita de ano novo)
Vamos conjugar
o verbo fundamental essencial
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.
(Além da Terra, além do Céu)
E num sofrer de gozos entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais
um só espamo em nós atinge o clímax:
é quando o amor morre de amor, divino.
(Amor- Pois que é palavra essencial)
O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para cama.
Sobre tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a úmida trama.
E para repousar do amor, vamos à cama.
( O chão é cama )
Fontes: site FBB, e obras de Drummond ( Amar se aprende amando e O amor natural).Imagens do Google.