terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Primeiro de Janeiro

Acordei cedo como de costume e fui ver o tempo lá fora. Pela janela do quarto já vira que a chuva caia tímida , como quem pede licença. Seis e quinze, o ônibus da mineradora na rua em frente, como todos os dias espera seus empregados. Pessoas vão e vem, a chuva continua caindo. E então um perfume chega a mim como por encanto, talvez trazido pela chuva, pelo vento. Um perfume que clama por sonhos de um futuro bom, um bem querer da paixão e do apaixonado. Refletido em sinônimo de areia de praia, de um vento amigo e uma janela que deixa a lua entrar radiante por muitos pores-de-sol.

E então a chuva tem som de encanto e de saudade. Saudade que não finda por que é boa, por que é pura poesia, como o desenho das nuvens lá fora, que teimam em segurar a chuva. A chuva, ah, a chuva. Chuva que cai da imensidão do céu, é mensagem de quem basta um olhar para reluzir sentimento e compreensão.Chuva pedida há tantos dias, com clamor de vontade de dias menos empoeirados, de clima mais ameno, como se ela fosse capaz de limpar todo e qualquer resíduo de angústia. Chuva que representa o começo de novos dias. Chuva que é nosso ícone, nossa vontade de aconchego e calor.

Então a vida tem um quê de novidade, ardendo em chamas de vontade. Vontade que chama alguém de um corpo, chama alguém de uma alma, que adormece quieta em algum lugar, vendo a chuva caindo  também, lembrando-se de pedidos sussurrado, de aceitação tácita. Alguém que espia com mansidão e grata satisfação a água escorrendo pelas vidraças. A chuva veio finalmente.  Seja bem vinda chuva linda.




Imagem : Google

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